1.A quem adoramos? 2.Por que adoramos? 3. Aonde adoramos? 4. Quando adoramos? 5. Como adoramos?
Neste texto vamos tratar da primeira pergunta: 1.A quem adoramos?
O primeiro enfoque que a igreja precisa ter é qual o alvo da nossa adoração. Existem muitas pessoas que adoram a adoração. Estão mais envolvidas com o produto, com a música, com o cantar do que com o ser um adorador. E isso acontece porque a igreja tem o foco errado de quem é o alvo da nossa adoração. O que Deus quer ampliar em nossa vida como adoradores: é a quem nós adoramos.
Quando Jesus responde a Satanás na tentação do deserto, Ele diz “ ao Senhor teu Deus adoraras e somente a Ele darás culto”. Aqui Jesus define a quem adoramos: “só ao Senhor teu Deus”. E quando a bíblia enfoca “ só o Senhor teu Deus” ela está incluindo aqui uma trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esse é o nosso alvo, o nosso foco. É para este foco que devemos olhar: é a Deus que nós queremos, é por Ele que somos apaixonados, é a Ele que desejamos adorar. Ele é o alvo da nossa adoração. Ele é o grande “Eu Sou”. Aquele que tem que ser entronizado, que tem que ser constantemente enfocado pela igreja.
Sabem o que é um ídolo? É tudo o que fica entre você e Deus. Idolatria nós pensamos muitas vezes em “santinhos”, amuletos. Idolatria é qualquer coisa que fique entre nós e Deus. Qualquer coisa que tira do foco do “quem é digno de adoração”. Os ídolos deste mundo hoje não são mais feitos de madeira, de bambu ou de gesso. Os ídolos deste mundo atualmente são mais poderosos porque eles roubam o coração, roubam a alma, roubam o espírito, estão roubando o coração de toda uma geração. É preciso que estes ídolos sejam acusados, retirados para que o foco a quem devemos adorar seja ampliado na vida da igreja.
Hoje adoramos um sistema. Mas a nossa visão deve ser Deus. O centro de todas as coisas deve ser Deus. A nossa visão, o centro de todas as coisas deve ser a glória de Deus. Todas as outras coisas são estratégias preciosas que Deus nos dá para viver, mas temos que adorar e invocar é a Deus. O Deus Pai, o Deus filho, o Deus Espírito Santo deve ser colocado à frente da igreja em tudo que fazemos, em tudo que nós somos.
Ele é o nosso “quem” e isso só é galgado em nosso coração quando nós conhecemos a Deus. Não podemos entronizar Deus se não o conhecemos. O que devemos fazer é levar todo irmão, toda irmã, todo novo convertido a ter essa visão pessoal de Deus. É algo que Deus quer gerar no coração de cada um de seus filhos.
É essa visão que sustenta a vida. Quem tem uma visão de Deus de que Ele é o nosso “quem” jamais voltará a trás. Quem tem uma visão clara de Deus em seu coração, a revelação de que Ele é o centro de todas as coisas, que Ele é a razão de todas as coisas. E galgar com Ele nessa comunhão significa que pode desaparecer o mundo em baixo de nós que ficamos agarrado e sustentado na mão de Deus.
Na minha experiência pessoal quando eu estava em Cuba ministrando para os irmãos, recebi a notícia de que minha esposa grávida de oito meses foi assaltada e baleada na frente de nossa casa e estava na UTI. Quando soube da notícia me faltou o chão embaixo. Mas eu tinha uma corda que me segurou e me sustentou que era a minha comunhão com Deus.
Eu tinha certeza que a minha vida e a vida de minha família estavam nas mãos de Deus e que ali eu estava seguro. Eu tinha a corda da fé, do conhecimento da presença de Deus.
E aquilo que o diabo veio para roubar, matar e destruir começou a se fortalecer. É nessas horas começamos a conhecer mais a Deus. É nas horas mais difíceis que Deus se amplia. Esse “quem” precioso e maravilhoso começa a se ampliar na nossa frente, na hora da luta, das tribulações. Tudo o que é natural acaba, tudo o que confiamos neste mundo acaba, mas quem conhece a Deus jamais será abalado.
E esta situação em que eu estava vivendo foi um milagre atrás do outro. Enquanto eu estava em Cuba, sendo moído, sem poder sair da ilha, sem poder agir por mim mesmo. Eu só podia ficar pendurado no meu “quem” precioso, no meu Deus amado. Esse “quem” que adoramos deve estar na frente das nossas vidas em todos os momentos sejam eles bons ou ruins, nos momentos de dificuldade e até mesmo nos momentos de terror, nos momentos de perseguição.
Conheço irmãos no Oriente médio que a única coisa que lhes resta é essa corda. Perderam tudo por causa da guerra no Iraque. Eu estava nestes dias no Oriente Médio, quando sai as pressas do Líbano para a Ilha de Chipre para poder retornar ao Brasil porque os aeroportos estavam fechados.
Conhecia um irmão Iraquiano que perdeu tudo. Ele saiu de sua casa com a esposa, o filho e caminhou km e km com a roupa do corpo, debaixo de bombardeiro. Quando conseguíamos contato com ele, ele dizia: “Eu estou firme. Deus está cuidando de nós.” Nesta situação, ele estava lá adorando com seu alaúde tocando pra Deus. Este é uma pessoa que conhece e que sabe a quem adora.
Adoração não é um fruto de estarmos no sentindo bem ou mal. É fruto de nós conhecermos a Deus.
Asaph Borba